O governador do Amapá, Waldez Góes, recebeu nesta quinta-feira, 23, o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, e a diretora da instituição, Ivonice Campos, no Palácio do Setentrião. Com mais de 170 empresas associadas, a entidade apresentou ao Governo do Amapá alternativas e benefícios da geração de energia distribuída a partir de fontes renováveis.

Chamada de microgeração e minigeração distribuída, a energia fotovoltaica já ultrapassou a marca histórica de 100 MW (megawatss) instalados. Isso consiste em 8,8 mil sistemas fotovoltaicos que pode beneficiar até 10 mil unidades consumidoras.

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, com base em dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os sistemas solares fotovoltaicos instalados em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e na zona rural já representam mais de 99% destas instalações de microgeração e minigeração distribuída em todo país.

A associação tem estendido a implantação dessas fontes de energia para o Norte do país, onde a incidência solar é de altíssima qualidade, tendo até 100% de aproveitamento. O Amapá é um dos estados no qual a tecnologia poderia ser bem utilizada.

“O Brasil possui atualmente 8.931 sistemas conectados à rede, que proporcionam economia na conta de luz dos consumidores e beneficiam um total de 9.919 unidades consumidoras espalhadas pelo território nacional, com maior número na Região Sul. Prédios públicos, escolas e demais espaços que consomem muita energia podem receber a implantação do sistema”, explicou Rodrigo Sauaia.

O governador Waldez Góes, que estava acompanhado do secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Robério Aleixo, e da secretária Adjunta da Sefaz, Neiva Nunes, ficou extremamente interessado com as possibilidades de aproveitamento da energia solar e benefícios que a implantação pode trazer, e convidou o presidente da Absolar para discutir a temática durante o Fórum de Governadores da Amazônia Legal que ocorrerá nos dias 24 e 25 de abril em Rondônia.

“É uma excelente iniciativa, mas que tem que ser discutida em conjunto, bem planejada e executada de forma correta para que o aproveitamento seja satisfatório. Estamos dispostos a aprofundar o assunto e ir mais longe, levanto essa alternativa para ser discutida com o demais governadores da Amazônia Legal”, destacou Waldez Góes.

Outro ponto extremamente positivo da energia solar que tem sido aplicada em outros Estados é oferecer incentivos fiscais, com isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para mini e micro geradoras, como residências, escolas, hospitais; isenção do Imposto sobre serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para os insumos e equipamentos, necessários à instalação da micro e minigeração distribuída; além de ampliação do crédito produtivo e simplificação do licenciamento ambiental, voltado para empreendimentos de energia solar fotovoltaica.

No Brasil, dentre as unidades consumidoras beneficiadas por sistemas solares fotovoltaicos a maior parcela é de residências, que representam 77,5% do total, seguida de comércios, com 17%; indústrias, com 2,2%; consumidores rurais, com 1,8% e consumidores do poder público, incluindo iluminação e serviço público, somando 1,5% no total.