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sexta, 26 de maio de 2017 - 18:50h
Projeto leva atividades de museus à escolas da rede pública estadual
Estudantes aprendem sobre história, arte e educação patrimonial por meio de vídeos, palestras e exposições
Por:
Foto: André Rodrigues/SECOM
Exposição retratou o trabalho desenvolvido durante um ano pelos alunos da Escola Estadual Maria Mãe Deus

Proporcionar informações sobre museus e educação patrimonial à população. Esse é o objetivo do Museu na Escola, uma iniciativa que atua em instituições educativas do Estado desde 2012. Nesta quinta-feira, 26, ocorreu a culminância do projeto realizado durante um ano na Escola Estadual Maria Mãe de Deus, no bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá.

O evento foi marcado por uma palestra sobre educação patrimonial e pela exposição de desenhos produzidos pelos alunos, representando as peças de cerâmica e o grafismo das culturas Cunani e Maracá, civilizações pré-colombianas que viveram onde atualmente é o Estado do Amapá.

Durante o período em que o projeto foi desenvolvido, os alunos do 8º ano conheceram alguns museus do Estado e aprenderam sobre a história do Amapá ao estudar sobre as antigas civilizações. Os estudantes conheceram também um pouco mais sobre grafismo – técnica utilizada pelos povos indígenas para elaborar palavras ou símbolos. A iniciativa é coordenada pelo Museu de Arqueologia e Etnologia do Amapá (MAE), pertencente à Secretaria de Estado da Cultura (Secult) em parceria à instituição de ensino.

O estudante Allison Tavares, 14 anos, foi um dos participantes e revelou que antes do projeto nunca tinha ido a um museu. Como muitos jovens de sua idade, ao imaginar um museu, Allison visualizava um local repleto de coisas antigas, sem importância nem atrativos. “Agora sei que o museu tem valor. Ali está a história do lugar onde vivemos e dos nossos antepassados. Aprendi que as culturas Maracá e Cunani foram povos que deixaram um legado”, revelou.

A professora de história Francimara Silva, explica que o Museu na Escola foi muito bem recebido pelos estudantes. “O projeto proporcionou palestras, vídeos e visita a museus, ou seja, algo diferente da rotina escolar. Isso fez com que nossos alunos se envolvessem bastante com a proposta. E agora eles estão orgulhosos ao ver a exposição de seus trabalhos”, destacou a educadora que atua na rede pública estadual há 18 anos.

Educação Patrimonial

Além de ter a oportunidade de conhecer museus, os estudantes que participam do Museu na Escola aprendem sobre educação patrimonial, um trabalho de conscientização que realiza um resgaste da cultura e da identidade ao estimular os estudantes a valorizarem os bens materiais e imateriais do Estado.

A técnica do MAE, Jilcineia Sousa, destaca que a educação patrimonial é imprescindível no Amapá, onde há um grande número desses bens, como a dança, o açaí, a culinária e obras como a Igreja de São José, o Marco Zero e sítios arqueológicos. “O povo precisa conhecer sua história e seu patrimônio para valoriza-los”, destaca.

Como participar

O gerente do MAE, Adervan Lacerda, explica que qualquer instituição de ensino pode solicitar o projeto Museu na Escola. Para tanto, basta procurar o MAE, que funciona no Centro de Macapá. “A escola tem a iniciativa de nos procurar para que possamos elaborar um projeto e incluir as atividades do museu na rotina dos alunos”, explica.

Lacerda conta que a ideia de levar informações sobre museus para escolas surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância desses locais e dos artefatos que estão presentes neles. “A arqueologia do Amapá é muito rica e nossa população precisa conhece-la. Esperamos que esses estudantes se conscientizem e levem o conhecimento adquirido à família e aos amigos”, afirma.

Lacerda acredita que esse aprendizado é necessário devido ao grande número de sítios arqueológicos existentes no território amapaense.   Ele explica que é muito comum que pessoas encontrem artefatos arqueológicos e não saibam o que fazer com o objeto. “Muitas vezes a pessoa encontra um objeto e resolve levar ao museu, ela não sabe que o artefato não pode ser manuseado. Nesses casos o melhor é tirar uma foto do objeto e levar ao museu para que nossos técnicos decidam como agir”, acrescenta.

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