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sexta, 17 de março de 2017 - 22:39h
Ponte Binacional estimula alternativas de desenvolvimento econômico na fronteira
Abertura da rota que ligará o Brasil à União Europeia criou sonhos e despertou novos olhares para a consolidação de um projeto que melhore a vida da população.
Por:
Foto: Wenndel Paixão
Cidade de Oiapoque deverá sofrer profundas transformações com a abertura da Ponte Binacional

Oiapoque (AP) - Concebida dentro de um entendimento de cooperação entre Brasil e França, a Ponte Binacional, construída no Rio Oiapoque, traz desafios e chama para a flexibilidade as pessoas com pensamento unilateral de que a nova rota não trará desenvolvimento. A abertura da única rota terrestre que ligará o Brasil à União Europeia criou sonhos e despertou novos olhares para a consolidação de um projeto que melhore o bem-estar de quem nasceu ou escolheu a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa para viver.

Genival da Silva Campos, 43 anos, nasceu em Oiapoque e, junto com a irmã Lilma, 40 anos, toca uma chácara que também funciona como restaurante no bairro do Planalto. Ele acredita que o município viverá novos tempos muito em breve. Visionária, a família se preparou e continua se preparando para grandes conquistas. “A minha irmã é uma guerreira de acreditar nesse empreendimento, levantado com muito esforço. É um sonho que se tornou realidade graças à persistência dela. E a gente acredita no desenvolvimento de Oiapoque. Por isso, buscamos qualificar os nossos serviços e o atendimento dos nossos clientes”, comentou.

Sonhos, como o da família de Genival, são compartilhados por outras instituições no município transfronteiriço, as quais enxergaram o potencial da cidade dada a sua localização estratégica. É o caso do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Junta Comercial do Amapá (Jucap), Corpo de Bombeiros Militar (CBM/AP) e Associação Comercial do Oiapoque (Acoi). Juntos, eles inauguraram há 9 meses, o Centro Empresarial de Oiapoque. Tudo para facilitar o atendimento de empreendedores locais, minimizando o deslocamento até a capital em busca de serviços.

Há 20 anos, por exemplo, o Sebrae visualizou esse potencial e se instalou em Oiapoque para prestar apoio aos empresários. Com a junção da CDL, Jucap, CBM/AP e Acoi, o trabalho ganhou um novo ânimo. “Já existia essa proposta de reunir estes órgãos numa só estrutura. Mas, ainda não havia sido possível colocar em prática. Agora, estamos com mais força para prestar a orientação necessária aos empreendedores locais”, enfatizou a gerente do Centro Empresarial de Oiapoque, Elenice Menezes.

Outro que vislumbrou o crescimento de Oiapoque foi o Governo do Amapá. Entre outras iniciativas, o Executivo firmou parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para orientar os empresários de pequeno e médio porte sobre oportunidades de mercado e exortação de produtos.

Numa das palestras ministradas pelo analista do MDIC, Afonso Celso, há seis meses, ele destacou a proximidade do Amapá com a União Europeia, a partir da abertura da Ponte Binacional. “Sem dúvidas, a abertura da ponte que liga o Brasil à Guiana Francesa será ponto crucial para o desenvolvimento do comércio exterior no Brasil. O MDIC tem todo o interesse em ver o Estado se desenvolver e aumentar, cada vez mais, o número de empresas exportadoras”, ressaltou à época.

Mais recentemente, o governador Waldez Góes reafirmou parcerias com a prefeitura de Oiapoque para construir um ambiente favorável de desenvolvimento e bem-estar da população. Ele garantiu convênios estaduais, principalmente, de limpeza e coleta de lixo, além da continuidade em obras como a Praça Ecildo Crescêncio, construção da orla e de uma escola em Tempo Integral. O município também foi contemplado com o Plano de Mobilidade Urbana, que prevê 17 km de pavimentação com asfalto, drenagem, calçamento e meio-fio.

“A abertura da ponte binacional força toda a sociedade civil organizada a buscar, na criatividade, novas formas de desenvolver a geração de renda, a cultura, a educação, o social. E, também, a adaptação a uma nova realidade, além de fortalecer a cooperação internacional em diversas áreas do conhecimento”, destacou o governador Waldez Góes.

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