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terça, 16 de maio de 2017 - 18:49h
Governo homenageia mulheres pela resistência da Cultura Afro Ameríndia no Amapá
Premiação compôs a 2ª Edição do Troféu Mãe Dulce.
Por:
Foto: Wenndel Paixão
Na cerimônia, 20 personalidades vinculadas à cultura negra amapaense foram homenageadas

Ao som da Canção do Amapá, que foi entoada ao toque do Candomblé, o Executivo estadual homenageou mulheres de religiões de matriz africana que têm contribuído para o fortalecimento e permanência da tradição dos cultos afros no Estado.

Na cerimônia envolvida pelas bênçãos da Prece de Ismael, 20 personalidades vinculadas à cultura negra amapaense foram homenageadas, entre sacerdotisas de cultos afros, historiadoras, pesquisadoras, professoras, presidentes de entidades e associações, além de militantes do movimento negro no Amapá.

A premiação compôs a 2ª Edição do Troféu Mãe Dulce – que valoriza os Cultos Afro Ameríndios no Brasil – uma parceria do Instituto Cultural e Educacional Nina Souza (CENS) com a Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro). A solenidade também foi uma alusão ao Dia Estadual dos Cultos Afros Brasileiros, comemorado no dia 8 de maio, no Amapá.

“Esta homenagem é o reconhecimento do Governo do Estado à resistência e à luta das mulheres negras que não deixam enfraquecer a cultura dos cultos afros, que são uma tradição reconhecida pelo poder público do Amapá”, enfatizou o governador Waldez Góes.

Ele também lembrou do papel importante da saudosa Dulce Costa Moreira, a “Mãe Dulce”, sacerdotisa precursora do tambor de mina no Amapá. “Ela foi a personalidade escolhida para dar nome ao projeto, pois sua luta e seu legado são de suma importância para a história dos povos afros em terras amapaenses”, destacou o chefe do Executivo.

Maria Jaguarema da Costa, “Mãe Jaguarema”, filha de “Mãe Dulce” agradeceu pela preservação da memória da mãe e afirmou continuar honrado o legado deixado. “Minha mãe fez história nesse Estado, acabou com preconceitos e estimulou os cultos afros até o último dia de sua vida. Hoje, seguimos escrevendo essa história de luta e valorização da nossa religiosidade”, contou Mãe Jaguarema.

A secretária Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes, Núbia Souza, explicou que as homenageadas foram escolhidas por se destacar, social e politicamente pela defesa dos direitos e da liberdade de culto aos praticantes das religiões afro ameríndias no Brasil.

“A 1ª edição do Troféu Mãe Dulce, que aconteceu em 2015, homenageou personalidades que se destacaram em projetos voltados aos povos de matriz africana. Já a edição deste ano foi focada nas mulheres guerreiras, que lutam até contra o preconceito religioso para manter viva essa tradição”, justificou a secretária.

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Piedade Lino Videira, foi uma das agraciadas com o certificado e o troféu. “Esse troféu é a expressividade do respeito à história, valorização do culto afro, da mulher negra e de todas as lutas enfrentadas diariamente por nós, mulheres guerreiras”, agradeceu Piedade.

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