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terça, 21 de março de 2017 - 18:36h
Sistema de tratamento de esgoto sanitário pode ser implantado na APA da Fazendinha
Sema e engenheiros ambientais realizam estudos na região até o mês de maio, para diagnosticar aspectos sociais, técnicos e de meio ambiente.
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Técnicos da Sema e da Aseamap vão estudar a melhor forma de resolver o problema do saneamento na APA da Fazendinha

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Associação dos Engenheiros Ambientais do Estado do Amapá (Aseamap), criada em maio de 2015, pela primeira turma de engenheiros ambientais formados na Universidade do Estado do Amapá (Ueap), realizam estudos na Área de Proteção Ambiental (APA) da Fazendinha para verificar a possibilidade de implantação de um sistema de esgoto sanitário, com reaproveitamento dos resíduos como fertilizantes naquela área.

A atual forma de despejo destes materiais praticada na APA é nociva tanto para o meio ambiente quanto para a própria comunidade. Na área, de acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Marcelo Creão, há mais de 1,5 mil moradores e muitas diversidades quanto às suas características de vida.

Há quem resida em áreas mais alagadas, outras pessoas moram em locais secos, em áreas altas e outras em áreas mais baixas. Mediante o levantamento a ser iniciado ainda no fim deste mês, é que será definida a tecnologia de tratamento que poderá ser implantada e os custos. O estudo deve perdurar por dois meses.

“Hoje esse material é despejado em uma chamada ‘fossa negra’, que é só um buraco cavado. Isso contamina o lençol freático, pois muitas vezes está próximo de poços, em áreas secas. Já em áreas úmidas, esses resíduos são despejados diretamente no ambiente e o fluxo de água da maré leva e traz esse material, contaminando plantações dos próprios moradores”, comentou o secretário.

De acordo com o presidente da Aseamap, Paulo Uchôa, um projeto piloto já foi implantado no Arquipélago do Bailique, com tecnologia de fossa séptica biodigestora, feita com materiais de baixo custo como reservatórios de fibra de vidro, tubos e conexões em PVC.

“Um de nossos engenheiros já implementou o sistema de esgoto em uma comunidade ribeirinha do Bailique, que possui áreas alagadas, assim como na APA. Neste sentido, nós pensamos em levantar este diagnóstico para verificar a viabilidade de implantação desse tipo de sistema lá, mas só poderemos dar um parecer positivo depois do levantamento”, frisou o engenheiro ambiental.

Para a realização do diagnóstico socioambiental estarão engajados cerca de 50 guarda-parques da APA e 10 acadêmicos da área de meio ambiente, coordenados por técnicos da Sema e engenheiros da Aseamap.

No início deste mês, membros da Associação e da Sema estiveram na APA da Fazendinha, reunidos com líderes comunitários para apresentar a ideia. Os moradores foram muito receptivos ao projeto, visto que a necessidade de um sistema de tratamento de esgoto já havia sido apontada pelos moradores à Secretaria. Caso efetivado o projeto, a melhor qualidade de vida da comunidade será um dos grandes benefícios alcançados.

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