Representantes dos catraieiros do município de Oiapoque participaram de uma reunião na Agência de Fomento do Amapá (Afap) nesta quinta-feira, 23, em busca de apoio para novas atividades econômicas na região de fronteira com Guiana Francesa.

Impactados com a abertura parcial da Ponte Binacional, os 171 catraieiros que fazem a travessia no Rio Oiapoque estão preocupados com o futuro da atividade, que segundo informações dos próprios trabalhadores caiu em média 90%.

De acordo com Francisco Morais, presidente da Cooperativa de Transporte Fluvial e Terrestre (Comfcoi), os catraieiros querem a ajuda do Governo do Estado para subsidiar alternativas de emprego e renda para os trabalhadores. “Pensamos na Afap porque não temos como iniciar um novo trabalho sem dinheiro pra investir. Com um financiamento temos condições de entrar no mercado”, explicou Morais.

O presidente da Afap, Francisco de Assis Costa, apresentou as 17 linhas de financiamento que a instituição disponibiliza para os empreendedores e garantiu que todos os seguimentos econômicos estão contemplados.

“Queremos encontrar uma solução para cada catraieiro respeitando a legalidade e as normas exigidas pelo Banco Central. Essas garantias podem até ser regulamentadas com as próprias cooperativas como já é feita com a categoria de mototaxistas, por exemplo”, disse Assis.

A Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete) participou das discussões e ficou responsável por fazer um estudo de vocação empreendedora. Uma equipe técnica vai até Oiapoque orientar os catraieiros quanto à tendência de mercado da região.

“Alguns querem trabalhar como mototáxi, outros na agricultura ou até mesmo no turismo, então temos que avaliar com cada um qual a melhor maneira de começar um novo negócio”, pontou Luciana Araújo, gestora da Sete.

Uma nova reunião, desta vez em Oiapoque, será realizada no dia 06 de abril. Na oportunidade, a Afap e a Sete farão um encontro com todos os catraieiros para tirar dúvidas e iniciar o encaminhamento para novas oportunidades de emprego e renda na região transfronteiriça.